Imagine que você está construindo um produto de tecnologia, seja um software ou um aplicativo, por exemplo.
Você quer lançá-lo no mercado o mais rápido possível, mas também quer garantir que ele atenda às necessidades essenciais do seu público.
Uma das formas de entender o conceito de Mínimo Produto Viável, acrônimo MVP do inglês Minimum Viable Product é considerar a ideia de "lançar o básico (ou o mínimo) primeiro e melhorar continuamente".
O que é um Mínimo Produto Viável (MVP)?
Em termos bem simples, um MVP é a versão mais enxuta do seu produto, mas que oferece algum valor ao usuário.
É o ponto de partida, o núcleo essencial do que você está criando.
A ideia por trás do MVP é que você não precisa esperar até que tudo esteja perfeito para lançar; em vez disso, você lança algo mínimo, mas funcional e melhora com base no feedback e nas necessidades reais dos clientes.
História do Conceito de MVP:
O termo "Mínimo Produto Viável" (MVP) foi popularizado por Eric Ries em seu livro "A Startup Enxuta (The Lean Startup)" publicado em 2011. No entanto, a ideia por trás do MVP tem raízes mais antigas.
O conceito tem influências da metodologia Fabricação Enxuta (Lean Manufacturing), desenvoelvida pela Toyota nas décadas de 1950 e 1960. Nesse método, a ênfase é colocada na eliminação de desperdícios e na produção de bens apenas quando há demanda real.
Isso se alinha com a ideia de criar um produto com o mínimo necessário para atender às necessidades dos clientes.
No campo de desenvolvimento de software, o termo MVP começou a ser usado para descrever a versão inicial de um software que tinha apenas as funcionalidades básicas necessárias para o lançamento. A ideia era que, ao lançar uma versão mais simples, os desenvolvedores poderiam receber feedback dos usuários mais cedo e fazer melhorias, economizando tempo e recursos.
A imagem que melhor representa esse conceito ainda é essa que apresenta o mínimo que se precisa para chegar do ponto A ao ponto B e o potencial gradativo de melhora dessa experiência.
Nessa imagem a premissa é: um skate, tal como um carro, serve de meio de transporte e poderia ser entendido como uma versão mínima para tal objetivo. Já uma roda de um carro isolada, não poderia, uma vez que não tem funcionalidade para atender o objetivo de deslocamento.
Aplicando o MVP à Gestão de Tempo Pessoal:
Agora, vamos aplicar esse conceito à sua organização pessoal! Aqui estão algumas dicas práticas:
1. Identifique as tarefas essenciais: Olhe para a sobrecarga da sua lista de tarefas com dezenas de itens, identifique as tarefas essenciais que realmente contribuirão para seus objetivos. Defina essas como são suas "funcionalidades essenciais".
2. Comece com o mínimo: Em vez de adiar uma tarefa porque você acha que precisa fazer tudo de uma vez, comece com o mínimo. Por exemplo, se você está escrevendo um relatório, comece com um esboço simples em tópicos ou apenas agrupe as principais ideias e referências iniciais. Isso elimina a pressão de fazer tudo de uma vez.
3. Aprenda e melhore continuamente: Assim como em um MVP de software, você pode escutar feedbacks e opiniões e melhorar suas tarefas. Receba feedback sobre o seu trabalho e faça ajustes conforme necessário.
4. Evite a armadilha da perfeição: Muitas vezes é a busca por um ideal de perfeição que pode levar à procrastinação. Lembre-se de que é melhor ter algo feito do que nada. Você pode SEMPRE pode refinar mais tarde.
Exemplo:
Pense no processo de aprender um novo idioma. Em vez de se sentir sobrecarregado com a ideia de dominar completamente o idioma, comece com o básico. Aprenda algumas frases essenciais e pratique diariamente. À medida que progredir, adicionará mais complexidade ao seu aprendizado.
Filosofia Menor Movimento Possível (MMP):
Partindo do MVP, comecei a utilizar o conceito de Menor Movimento Possível (MMP) para me auxiliar a pegar grandes tarefas e apenas começar.
Assumindo que o tempo se torna cada vez mais escasso com as novas responsabilidades que assumimos na vida, para evitar a procrastinação infinita, eu tento entender qual seria o menor movimento possível para me tirar da inércia, literalmente sair da estaca zero, e tal vez avançar apenas 1 décimo.
O resultado é que muitas vezes esse simples movimento já me convida a fazer o próximo, ou no decorrer dos dias me aproxima do que estava querendo realizar. É simples, mas absolutamente potente.
MMP em termos práticos:
Quando preciso ler textos longos, começo tentando ler apenas 1 página
Quando preciso escrever grandes dissertações agrupo as diferentes referências em um documento para retomar depois.
Para escrever meu livro, primeiro crie os tópicos de todos os capítulos
Quando preciso arrumar um cômodo, começo por uma gaveta.
Quando não quero me exercitar, me proponho a fazer um alongamento.
Quando preciso montar uma aula, começo apenas fazendo uma pesquisa para reunir perspectivas.
Usar o MMP para começar tarefas se apropriando do tempo que tem disponível para elas é uma grande estratégia inclusive para evitar o fenômeno da Lei de Parkinson.
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